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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Achando prazer nos nossos Deveres ♪

 
 
 Todos já ouvimos este comentário.
Uma celebridade que ganhou uma
grande quantidade de dinheiro fazendo suas coisas,
e agora estando bastante velho para que os
entrevistadores comecem a perguntar se ele vai se aposentar,
dirá qualquer coisa assim: 
“Bem, eu planejo continuar
trabalhando enquanto eu apreciar isso.
O dia em que eu não mais achar prazer no
que eu faço será o dia em que pararei.”

Certamente, há muito que dizer sobre
apreciar nosso trabalho.
Fazemos um trabalho melhor quando
fazemos coisas que gostamos de fazer.
Em alguns campos de empenho
— atletismo, por exemplo —
a apreciação afeta tão grandemente a
qualidade do nosso trabalho que deixá-lo
pode ser uma necessidade prática quando nossa
 “alma” sai do que fazemos.
Mas nos mais banais domínios do
esforço humano, nosso trabalho pode
raramente ser posto de lado simplesmente porque
não o apreciamos mais.
Por exemplo, pouquíssimos de nós têm a
independência financeira para tomar a
atitude de largar o trabalho de nossa vida.
Mais objetivamente, quem vai dizer que
fazemos o que fazemos simplesmente por gostar disso?

O fato é que a maioria das coisas
dignas de serem feitas na vida
precisa ser feita, quer gostemos delas no
 momento ou não. Dizer que não as faremos,
de modo nenhum, se não acharmos
algum prazer nelas é dizer que não
temos prioridade mais alta em nosso
trabalho do que tirar prazer dele.
Este não é, francamente, o caso.
Pode haver certas atividades periféricas na
vida pelas quais a apreciação é a
exigência primária, mas as coisas
verdadeiramente significativas merecem
nossa atenção, quer sintamos prazer nelas, quer não.

Lembremo-nos de que há uma coisa
chamada de dever, e que o dever nem
sempre é uma má idéia.
O que devemos fazer se situa mais
alto do que aquilo que nos dá prazer fazer.
O desprazer não é um mal inqualificável,
nada mais do que o prazer é um bem inqualificável.
Onde estaríamos se Jesus tivesse dito: 
"Bem, se não posso apreciar morrer pelos
pecados do mundo, então jamais farei isso?"
Não foi por qualquer prazer na morte em si,
mas pela alegria que estava proposta
diante dele, que ele suportou a cruz,
desprezando o opróbrio (Hebreus 12:2).
Ele rendeu sua vida porque era certo fazer isso,
e porque sua mais alta
prioridade era agradar ao Pai (João 4:34; 6:38).

Na maioria das vezes, contudo,
não há razão por não cumprir ambas as prioridades:
podemos apreciar fazer o que devemos fazer!
De fato, aprender a amar o que
temos que fazer é uma parte maior de
tornarmo-nos um ser humano maduro.
Quando atingimos o ponto onde nossos
corações e nossos sentimentos se
tornarem tão afinados com o que é
certo que coincidem com as obrigações de
nossa vontade, então teremos crescido em
sabedoria com respeito às
coisas genuinamente boas do mundo.
Sentimentos vêm e sentimentos vão,
como todos nós aprendemos desde cedo.
Mas os homens e mulheres verdadeiros são
aqueles que são capazes de pôr de lado,
temporariamente, seus sentimentos desagradáveis,
para conseguirem fazer o que é permanentemente bom.
Nossos impulsos precisam ser
subordinados aos nossos princípios,
e fazer isso não deverá tornar-nos infelizes.

Por Gary Henry