A gente pode entristecer-se por
vários motivos ou por
nenhum motivo aparente,
a tristeza pode ser por nós
mesmos ou pelas dores do mundo,
pode advir de uma
palavra ou de um gesto,
mas que ela sempre aparece e
devemos nos aprontar para recebê-la,
porque existe uma alegria
inesperada na tristeza,
que vem do fato de ainda
conseguirmos senti-la.
Pode parecer confuso mas
é um alento.
Olhe para o lado:
estamos vivendo numa era em
que pessoas matam em
briga de trânsito,
matam por um boné,
matam para se divertir.
Além disso, as pessoas estão
sem dinheiro.
Quem tem emprego, segura.
Quem não tem, procura.
Os que possuem um amor
desconfiam até da própria sombra,
já que há muita oferta de
sexo no mercado.
E a gente corre pra caramba,
é escravo do relógio,
não consegue mais ficar
deitado numa rede,
lendo um livro, ouvindo música.
Há tanta coisa pra fazer que
resta pouco tempo pra sentir.
Por isso, qualquer sentimento é
bem-vindo, mesmo que não seja
uma euforia, um gozo,
um entusiasmo, mesmo que
seja uma melancolia.
Sentir é um verbo que se
conjuga para dentro,
ao contrário do fazer,
que é conjugado pra fora.
Sentir alimenta, sentir ensina,
sentir aquieta.
Fazer é muito barulhento.
Sentir é um retiro,
fazer é uma festa.
O sentir não pode ser escutado,
apenas auscultado.
Sentir e fazer,
ambos são necessários,
mas só o fazer rende grana,
contatos, diplomas,
convites, aquisições.
Até parece que sentir não
serve para subir na vida.
Uma pessoa triste é evitada.
Não cabe no mundo da propaganda dos
cremes dentais, dos
pagodes, dos carnavais.
Tristeza parece praga, lepra,
doença contagiosa,
um estacionamento proibido.
Ok, tristeza não faz
realmente bem pra saúde,
mas a introspecção é um
recuo providencial,
pois é quando silenciamos
que melhor conversamos
com nossos botões.
E dessa conversa sai luz,
lições, sinais, e a tristeza
acaba saindo também,
dando espaço para uma
alegria nova e revitalizada.
Triste é...
Não sentir nada.
vários motivos ou por
nenhum motivo aparente,
a tristeza pode ser por nós
mesmos ou pelas dores do mundo,
pode advir de uma
palavra ou de um gesto,
mas que ela sempre aparece e
devemos nos aprontar para recebê-la,
porque existe uma alegria
inesperada na tristeza,
que vem do fato de ainda
conseguirmos senti-la.
Pode parecer confuso mas
é um alento.
Olhe para o lado:
estamos vivendo numa era em
que pessoas matam em
briga de trânsito,
matam por um boné,
matam para se divertir.
Além disso, as pessoas estão
sem dinheiro.
Quem tem emprego, segura.
Quem não tem, procura.
Os que possuem um amor
desconfiam até da própria sombra,
já que há muita oferta de
sexo no mercado.
E a gente corre pra caramba,
é escravo do relógio,
não consegue mais ficar
deitado numa rede,
lendo um livro, ouvindo música.
Há tanta coisa pra fazer que
resta pouco tempo pra sentir.
Por isso, qualquer sentimento é
bem-vindo, mesmo que não seja
uma euforia, um gozo,
um entusiasmo, mesmo que
seja uma melancolia.
Sentir é um verbo que se
conjuga para dentro,
ao contrário do fazer,
que é conjugado pra fora.
Sentir alimenta, sentir ensina,
sentir aquieta.
Fazer é muito barulhento.
Sentir é um retiro,
fazer é uma festa.
O sentir não pode ser escutado,
apenas auscultado.
Sentir e fazer,
ambos são necessários,
mas só o fazer rende grana,
contatos, diplomas,
convites, aquisições.
Até parece que sentir não
serve para subir na vida.
Uma pessoa triste é evitada.
Não cabe no mundo da propaganda dos
cremes dentais, dos
pagodes, dos carnavais.
Tristeza parece praga, lepra,
doença contagiosa,
um estacionamento proibido.
Ok, tristeza não faz
realmente bem pra saúde,
mas a introspecção é um
recuo providencial,
pois é quando silenciamos
que melhor conversamos
com nossos botões.
E dessa conversa sai luz,
lições, sinais, e a tristeza
acaba saindo também,
dando espaço para uma
alegria nova e revitalizada.
Triste é...
Não sentir nada.
E não aprender nada!!!