Há como dizer ao sol que ele pare de brilhar?
As nuvens passam no céu e ofuscam o
seu esplendor,
com tudo, por trás delas continua
brilhando com fugor.
Há como impedir o vento de soprar?
Fechamos as portas e janelas, mas impetuoso é o
vento que sibila absoluto entre as
frestas se fazendo lembrar...
Há como impedir o mar de bater,
as marés de encher,
os rio de seguirem seus cursos para o mar para
que ele então possa bater com o
encher da maré e os rios receberem?
Há como impedir um pássaro de voar?
Talvez prendê-lo em uma gaiola,
ou quebra-lhe as asas...
Ainda assim, sem poder ser livre ou
voar deixaria de ser um pássaro?
Há como estancar a vida, condenando o
coração subtamente a parar de bater?
Há como impedir a lua de espelhar-se na
lagoa como uma estrela prateada,
iluminada e serena?
A luz reflete bela no seu berço negro que
ancioso a espera.
Há como impedir o romper de uma
nova aurora ou
como voltar o tempo que vivemos outrora?
Há como ignorar o brilho das
estrelas cintilantes ou
mesmo soprá-las como pequeninas velas?
Assim eu te digo, que quando todas essas
coisas puderem ser feitas pela mão de um homem,
nesse mesmo instante eu
deixarei de te amar.