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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Que Saudades!


Como pode alguém sentir saudades do 
que nunca houve?
Como pode alguém sentir saudades do 
que nem viveu?
É como estou hoje,
Com saudades!
Morrendo de saudades dos sonhos que criei,
Chorando de saudades das horas que imaginei,
Das histórias que sonhei.
Hoje estou assim,
Querendo que o tempo vá para onde eu quero,
Para onde ele nunca esteve.
Mas a saudade é tanta que me paralisa,
É muita saudade
E nem aconteceu
E nada eu vivi.
Como se pode sentir saudades de
uma época que não existiu?
De fantasias e de promessas que
nunca se concretizaram?
Por que sentir saudades de
um futuro inventado
quando há um presente imenso
para se viver?
Mas não se manda no coração.
O coração é pretensioso e
quase sempre faz o que quer,
A razão até tenta dominar,
Mas raramente consegue.
E por causa do coração a gente
faz um monte de besteira
E fica esperando, esperando…
Esperando que tudo volte a
ser como antigamente…
Ou pior,
Que tudo seja como criamos em
nossos sonhos mais recorrentes.

Germana Facundo