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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Cinco Minutos ☼

A vida de Eduardo desandava. 
Tudo o que havia possuído, um dia, tinha sido 
entregue aos cobradores. 
Até os móveis de sua casa. Apesar de tudo, continuava devendo. 
Sua esposa e filhos passavam por necessidades.

Mas Eduardo prosseguia trabalhando, 
não se cansava nem se desesperava. 
Ia vendendo seus objetos mais simples, mas o pão e o 
remédio para a família não faltavam. 
Durante doze meses de privações e sofrimentos, 
o infeliz chefe de família perseverou lutando.

De certa feita, porém, foi vítima de torpe calúnia e 
perdeu o emprego. 
Procurou outro. Andou, indagou, pediu, implorou. 
Nada! Reuniu seus últimos pertences e os vendeu. 
Mas, fome, seus filhos não passavam.

Finalmente, tudo se escasseou por completo. 
De eminente bancário passou a humilde lenhador. 
Mas prosseguia heroicamente. 
Seus recursos ficavam cada vez mais parcos e as 
dívidas de novo aumentavam.

Um dia não suportou mais. 
Entrou em seu quarto e, aproveitando a ausência dos familiares, empunhou um revólver e se matou com um tiro.

Cinco minutos após o tresloucado gesto, sua esposa entrou em casa gritando de alegria, anunciando a seu esposo a boa nova, julgando estar o marido meditando, como de costume, no seu quarto. 
Chorando de alegria, dizia a mulher, invadindo o lar:

— Querido, nosso filho ganhou incalculável fortuna numa feliz transação comercial!

Quando abriu a porta do quarto e viu o trágico quadro, 
caiu desmaiada.

Lembre-se:

A perseverança traz sucessos imprevistos.
Não devemos desistir nunca!