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domingo, 20 de novembro de 2011

Nunca Demos Senão o Que Tivermos de Melhor...

Na manhã de Natal,
quando eu 
descia as escadas na 
ponta dos pés,
para ver os presentes que Papai Noel trouxera,
sabia de antemão que me aguardava um dever a cumprir.
Até onde consigo me lembrar, faziam-se escolher um dos
presentes que me pertenciam,
e eu própria ia levá-lo a algum menino pobre da vizinhança.
Minha mãe me ensinara a por de lado, entre os presentes,
o que mais me agradasse. 
Não me deixavam dar brinquedos velhos,
de que eu já me cansara.
No próprio dia de Natal,
faziam-me abrir mão do que eu mais desejasse para mim.
Horas mais tarde, ao ver, nos braços de um menino pobre,
meu urso de pelúcia, eu já não podia senão compartilhar da
alegria que desta maneira lhe proporcionava.
Não era outro o sentimento que
minha mãe tentara despertar em mim;
nem me pudera dar melhor presente que o de
ensinar-me a conhecer o sofrimento alheio – percebendo,
ao mesmo tempo, que a alegria de partilhar os
bens que nos couberem é maior que a ventura de possuí-los.
" Nunca Demos Senão o Que Tivermos de Melhor. "

Relato de: Sra. Pearl L. Peterson