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terça-feira, 2 de agosto de 2011

A Riqueza Verdadeira ☼

Um dia um homem que acreditava na 
vida após a morte, 
e que valorizava o ser mais que o ter, 
hospedou-se na casa de um materialista convicto, 
em bela mansão de uma cidade européia.
Depois da ceia, o anfitrião convidou o
hóspede para visitar sua galeria de 
artes e começou a enaltecer os 
bens materiais que possuía, de maneira soberba.
Falou que o homem vale pelo que possui, 

pelo patrimônio que consegue 
acumular durante sua vida na Terra.
Exibiu escrituras de propriedades as mais variadas, 

jóias, títulos, valores diversos.
Depois de ouvir e observar tudo calmamente, 

o hóspede falou da sua convicção de 
que os bens da Terra não nos pertencem de fato, 
e que mais cedo ou mais tarde teremos que deixá-los. 
Argumentou que os verdadeiros valores são as 
conquistas intelectuais e morais e não as 
posses terrenas, sempre passageiras.
No entanto, o materialista falou com 

arrogância que era o verdadeiro dono de 
tudo aquilo e que não havia ninguém no 
mundo capaz de provar que 
todos aqueles bens não lhe pertenciam.

Diante de tanta teimosia, 

o hóspede propôs-lhe um acordo:
- Já que é assim, voltaremos a falar do assunto daqui a cinqüenta anos, está bem?
- Ora, disse o dono da casa, daqui a cinqüenta anos nós já estaremos mortos, pois ambos já temos mais de sessenta e cinco anos de idade!

O hóspede respondeu prontamente:
- É por isso mesmo que poderemos discutir o 

assunto com mais segurança, 
pois só então você entenderá que tudo isso 
passou pelas suas mãos mas, na verdade, 
nada disso lhe pertence de fato.
Chegará um dia em que você terá que 

deixar todas as posses materiais e partir, 
levando consigo somente suas 
verdadeiras conquistas, 
que são as virtudes do espírito imortal.
E só então você poderá avaliar se é

verdadeiramente rico ou não.

O homem materialista ficou contemplando as 

obras de arte ostentadas nas 
paredes de sua galeria, 
e uma sombra de dúvida pairou 
sobre seu olhar, antes tão seguro.
E uma voz silenciosa, íntima, lhe perguntava:
- Que diferença fará, daqui a cem anos, se você morou em uma mansão ou num casebre?
- Se comprou roupas em lojas sofisticadas ou num bazar beneficente?
- Se bebeu em taças de cristal ou numa concha de barro?
- Se comeu em pratos finos ou numa simples marmita?
- Se pisou em tapetes caros ou sobre o chão batido?
- Se teve grande reserva financeira ou viveu com um salário mínimo?
- Que diferença isso fará daqui a cem anos?
Absolutamente nenhuma !

No entanto, o que você fizer do seu 

tempo na Terra, 
fará muita diferença em sua vida,
não só daqui a cem anos, 
mas por toda a eternidade.

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